quarta-feira, 2 de abril de 2008

PROGRESSIVE OF DENMARK

Flowjob é Joakim Hjorne e Mads Tinggard, ambos de 30 anos de idade e nascidos em Copenhague, Dinamarca, berço do Progressive Trance. O projeto iniciou-se com Joakim apenas em 2002, e após alguns lançamentos na gravadora Love Sonic Disco, Millenium e Iboga, Mads se tornou parte do projeto. Ambos gostavam de música eletrônica desde 1993, e quando adolescentes tocavam em bandas, portanto estava mais que evidente que um dia se tornariam (grandes) produtores de música eletrônica. Após um certo tempo no estúdio eles conseguiram desenvolver um som com características próprias deles, que como descrevem, "um morning trance poderoso e melódico, com ritmos funky e um sentimento uplifting positivo’’. Como pode-se perceber, é o puro Progressive Trance (que muitos chamam de Progressive Psytrance), com melodia emocionante e ao mesmo tempo uma linha de baixo pesada.
Devido ao intenso trabalho no estúdio eles conseguiram ter suas produções lançadas nas maiores e mais respeitadas gravadoras do mundo todo, tais como a tcheca Tribal Vision Records, Iboga México, a portuguesa Flow Records, a israelense Com.pact, obviamente na dinamarquesa Iboga Records, entre muitas outras.
Seu primeiro álbum, ‘’Support Normality’’ foi lançado pela Iboga Records no começo de 2006 e obteve um excelente feedback do público mundial, o que rendeu à dupla uma agenda bem lotada em todos os continentes do mundo, inclusive no Universo Paralello de 2006/2007 sendo considerado uma das melhores apresentações ao vivo daquele famoso festival.
Hoje em dia Flowjob é respeitadíssimo no mundo inteiro por manterem fielmente o estilo de Progressive Trance bem comum nos países escandinavos e está preparando seu segundo álbum para Março de 2008.
Atualmente está no Brasil fazendo uma turnê e para quem tiver sorte de vê-los pessoalmente, já poderá conferir grande parte do que vêm por ai ao vivo!


peace and harmony! :)

A mídia e as raves

Como parte da estruturação que vem ocorrendo em muitas festas brasileiras, incluiu-se a criação de uma área de assessoria de imprensa. Ao verificar que a grande quantidade de eventos mal organizados estava trazendo uma imagem ruim às festas, as organizações sentiram a necessidade de criar departamentos de comunicação que estabelecessem contato com a mídia e divulgassem corretamente os eventos e artistas. Dessa forma, os profissionais de comunicação iniciaram um trabalho de transmissão de informações à mídia. A rotina dos assessores de imprensa de raves segue uma linha de trabalho básica de um departamento de comunicação: diariamente, são produzidos releases, artigos e entrevistas relacionados aos eventos e aos artistas. De acordo com Bruna Armani, analista de marketing e relações públicas da No Limits Eventos, a assessoria não influi diretamente no sentido comercial, mas sim auxilia na formação de opinião sobre a empresa: “a assessoria de imprensa é fundamental para os eventos, mas não no sentido comercial. Uma matéria que seja publicada na Folha de S. Paulo, por exemplo, não vai alavancar vendas de ingressos, mas vai dar credibilidade à marca”, disse. Como conseqüência desta profissionalização na divulgação das raves, cresceu o número de matérias positivas sobre as festas. Pouco a pouco, o que se viu foi uma mudança no tratamento dado por alguns veículos. Estas informações serão detalhadas a seguir por meio de uma análise das matérias publicadas no jornal Folha de S. Paulo sobre raves.
O questionamento principal deste artigo é confirmar a hipótese de que a profissionalização das raves e a conseqüente estruturação dos departamentos de comunicação trouxeram uma mudança no tratamento das festas pelos veículos de comunicação, representados, neste caso, por um dos maiores jornais do Brasil, a Folha de S. Paulo. Concluiu-se que, ao contrário de muitos outros países, onde as raves ainda ocorrem de forma ilegal, no Brasil este tipo de festa se consolidou e se estabeleceu de forma cultural dentro do mercado de eventos. Com a profissionalização das festas e de seus departamentos de comunicação, o que se tem visto é uma tentativa de desmistificação, que está ocorrendo aos poucos. Esta transição das raves, que saíram do underground para ocupar um lugar de destaque entre as opções de diversão e lazer dos jovens brasileiros, permitiu que o tema fosse incluído nas pautas do jornal Folha de S. Paulo, e esta inclusão fica clara com a análise de conteúdo realizada, que verificou uma completa inversão no tratamento das raves pelo veículo. O que em 2005 era tratado sob um tema majoritariamente comportamental e polêmico, como o uso de drogas e a falta de ideologia dos freqüentadores, em 2006 passou a ser aceito e compreendido como evento cultural. É fato que ainda há muito a ser feito. Existe um grande número de festas que continuam contribuindo para o preconceito e para a discriminação a respeito das raves, com a falta de estrutura e segurança para suas realizações. Porém, a preocupação com a correta divulgação das festas, realizada pelas assessorias de imprensa especializadas, tem colaborado para uma desmistificação gradual do tema perante a sociedade.